Sorrisos em meio as lagrimas são coisas que nos fazem refletir sobre o que é bom para a nossa própria vida, por que as vezes esperamos algo de alguém que ele não pode nos oferecer, esperamos que esse alguém nos ofereça o mundo, enquanto o alguem so pode oferece o seu carinho. Total de visitas: 3160
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Doenças
Epilepsia
Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral paroxística). Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.A palavra epilepsia vem do grego epilepsia, 'doença que provoca repentina convulsão ou perda de consciência', pelo latim EPILEPSIA
Crise epiléptica vs. epilepsia
Os sinais elétricos incorretos do cérebro (descarga neuronal) podem ser localizados ou difusos, no primeiro caso aparecendo como uma crise parcial e no segundo caso como generalizada, atingindo ambos os hemisférios cerebrais. Estas alterações geralmente duram de poucos segundos a alguns minutos. De acordo com o grau de comprometimento dos hemisférios cerebrais, a crise convulsiva pode ser de diversos tipos, não se utilizando mais a antiga nomenclatura de “pequeno e grande mal”. Pode ser apenas uma “crise de ausência”, quando o doente fica parado e ausente enquanto durar a crise e retornando onde tinha parado em seguida. Pode ser uma crise parcial simples ou complexa, na forma simples ocorrem apenas alterações na percepção do paciente em relação ao meio exterior, como medo e outras emoções, na forma complexa o paciente perde a consciência. As crises mais conhecidas, devido a dramaticidade do quadro, são as tônico-clônicas, quando o paciente perde a consciência e cai rígido, com as extremidades do corpo tremendo e se contraindo. Existe ainda a somente tônica, a somente clônica, a mioclônica onde o paciente tem leves tremores persistentes. Ao todo existem mais de trinta tipos diferentes.Qualquer pessoa pode sofrer uma crise epiléptica, devido, por exemplo, a choque elétrico, deficiência em oxigênio, traumatismo craniano, baixa do açúcar no sangue, privação de álcool, abuso da cocaína (1 em cada 20 pessoas têm uma única crise isolada durante a sua vida, e essas crises isoladas não são sinônimo de epilepsia, termo empregue apenas para casos em que as crises têm uma tendência a se repetir espontaneamente ao longo do tempo). As crianças menores podem ter convulsões quando têm febre; nestes casos, são chamadas "convulsões febris", mas não representam epilepsia. Como ajudarAo presenciar um ataque convulsivo (que tanto pode ser causado por epilepsia como por outros motivos, como verminose, traumatismo craniano e febre alta), percebe-se a contração involuntária da musculatura provocando movimentos desordenados e geralmente perda da consciência. As manifestações mais evidentes são a queda, salivação abundante, eliminação de fezes e urina (às vezes) e movimentos desordenados.
Proteja a cabeça da vítima com um travesseiro ou pano (para que ela não se machuque se debatendo) e afrouxe-lhe a roupa.
A vítima poderá morder a própria língua, mas não irá engolí-la. Por isso, não coloque objetos em sua boca nem tente puxar a língua para fora.
Deixe a vítima debater-se livremente. Coloque-a deitada em posição lateral para que a saliva escorra e o paciente não engasgue.
Mantenha-a em repouso, cessada a convulsão. Deixe-a dormir.
Nas convulsões infantis por febre alta, deite a criança envolta de uma toalha úmida.
Procure ajuda médica se:
A pessoa se feriu gravemente com a crise (por exemplo, bateu a cabeça em algum objeto)
A crise dura mais do que o normal para aquela pessoa (se não se souber a duração normal da crise para a pessoa em questão, tomar como limite cinco minutos)
(Sempre procure ajuda médica, pois não sabe-se bem o motivo da convulsão, pode haver danos neurológicos)
Importante: Não jogue água sobre a vítima, não dê tapas, não tenha receio (a saliva de uma pessoa com epilepsia não transmite a doença). Não é necessário fazer massagem no coração ou respiração boca-a-boca.
Ocorrência
Estudos sugerem uma diferenciação da prevalência da epilepsia de acordo com regiões. Nos países desenvolvidos sua incidência é estimada em 40-50/100.000 hab/ano[1], enquanto que nos em desenvolvimento é de 122-190/100.000 hab/ano[2]. Estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo já tiveram ao menos uma crise de epilepsia[3]. Estima-se também que os países em desenvolvimento concentrem 85% dos casos onde 90% dos quais não recebem diagnóstico ou tratamento[carece de fontes?]. Pode iniciar-se em qualquer idade, mas é mais comum até aos 25 e depois dos 65 anos. Também se observa uma leve diferença entre os sexos: há mais homens que mulheres com epilepsia.Alguns estudos realizados no Brasil também apontam prevalências diferenciadas por região, variando de 1/1000 hab a 18,6/1000 hab[4].
Causas
Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O eletroencefalograma (EEG) pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise. Existe uma discussão sobre a “personalidade epiléptica” no sistema legal, mas de um modo geral o epiléptico não deve ser considerado inimputável.Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65 % dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática". Emprega-se o termo epilepsia "criptogénica" quando se suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma.Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por Traumatismo provocado por acidente físico, num Tumor, numa Infecção, no Parasita cisticerco, num Parto mal feito ou numa Meningite, embora em menor freqüência pode ser Genético[5][6], significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de alimentos contaminados pelo parasita Taenia costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:
mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas)
privação de sono
ingestão alcoólica
febre
ansiedade
cansaço
algumas drogas e medicamentos
Verminoses (como a neurocisticercose)
Estigma e preconceito
A epilepsia é conhecida desde a Antigüidade e já foi associada a factores divinos e demoníacos. Independente do fator, no entanto, as crises epilépticas, principalmente as generalizadas, sempre assustaram muito as pessoas que as presenciam, fazendo com que o epiléptico tenha que enfrentar, no decorrer de sua vida, um obstáculo difícil de transpor: o de ser socialmente estigmatizado.Segundo o presidente da Sociedade de Neurologia Pediátrica Mexicana, Jesus Gómez-Placencia, em artigo publicado na revista Cérebro & Mente, 75% dos pacientes epiléticos iniciam suas crises antes dos 18 anos. E para a criança com epilepsia, sofrer o estigma chega a ser pior que a própria doença. Ele alerta para a importância de se efetuar o diagnóstico o mais cedo possível, para que se estabeleça o tratamento adequado, e para que possam ser trabalhados os aspectos psico-sociais relevantes para a reintegração do paciente a seu núcleo familiar, escolar e social."Em todos os países, a epilepsia representa um problema importante de saúde pública, não somente por sua elevada incidência, mas também pela repercussão da enfermidade, a recorrência de suas crises, além do sofrimento dos próprios pacientes devido às restrições sociais que na maioria das vezes são injustificadas", afirma o neurologista, que também é professor da Universidade de Guadalajara, no México.
ONU
A Campanha Global contra Epilepsia - "Fora das Sombras" - é uma iniciativa conjunta da Liga Internacional contra Epilepsia (ILAE), do Comitê Internacional para Epilepsia (IBE) e da Organização Mundial de Saúde (WHO). Cada uma das organizações envolvidas tentou, no passado, promover alguma modificação, mas nenhuma de fato foi bem sucedida. O lema oficial da Campanha é: "Melhorar a aceitação, diagnóstico, tratamento, serviços e prevenção de epilepsia em todo o mundo", pois calcula-se que 70-80% das pessoas com epilepsia podem ou poderiam levar vidas normais se tratadas corretamente.
Os objetivos da Campanha são:
Aumentar a consciência pública e profissional de epilepsia como doença do cérebro universal e tratável
Elevar a epilepsia a um novo nível de aceitação no domínio público
Promover educação pública e profissional sobre epilepsia
Identificar as necessidades das pessoas com epilepsia nos âmbitos regional e nacional
Encorajar governos e departamentos de saúde a contemplar as necessidades das pessoas com epilepsia, incluindo consciência, educação, diagnóstico, tratamento, cuidados, serviços e prevenção.
A Campanha inclui componentes internacionais, regionais e nacionais, os quais estão inter-relacionados.Informaçõs sobre a Campanha podem ser obtidas em várias fontes: - Boletin em Saúde Mental OMS - Ambos os sites da ILAE e da IBE - Site da OMS
Tratamento Clínico
Os principais medicamentos utilizados são:
Fenobarbital
Fenitoína
Valproato
Carbamazepina 0
Cirurgia
Nos casos cirúrgicos, aqueles que correspondem a aproximadamente 30% dos casos, os resultados positivos podem chegar a até 80% dos casos. A cirurgia se desenvolveu, principalmente, a partir dos anos 80 com o avanço da tecnologia nos exames de imagens. A ressonância magnética estrutural e a funcional (SPECT), além do monitoramento em vídeo, permitem fazer um diagnóstico exato do foco epiléptico.
Os pacientes, durante a avaliação médica, são monitorados 24 horas por dia. Os exames realizados durante as crises fornecem informações para que se estabeleça qual a provável área cerebral em que se originam as crises epilépticas.
Na vídeo-eletroencefalografia (vídeo-EEG) é feito o registro simultâneo das crises e do eletroencefalograma. A ressonância magnética permite diagnosticar a presença de lesões no cérebro que possam estar causando as crises. Com o SPECT cerebral, examina-se o fluxo de sangue no cérebro que na hora da crise pode estar aumentado e fora da crise, ao contrário, pode estar normal ou diminuído.
Associado aos exames, o paciente passa por testes neuropsicológicos, através dos quais são avaliadas as funções cerebrais, as anormalidades ou disfunções cerebrais, permitindo sugerir quais as áreas envolvidas na geração das crises.
Somente após esses exames é possível afirmar se há um único foco que gera as crises epilépticas, e principalmente, se é possível sua remoção sem causar prejuízo para outras funções cerebrais. A cirurgia só é realizada se a epilepsia for localizada (focal), não sendo realizada quando a doença é generalizada no cérebro (multifocal). Como em qualquer outra doença, os médicos só optam pela cirurgia quando a expectativa de benefícios supera, em muito, os riscos.
Embora não haja uma idade determinada para a cirurgia, a tendência mundial é de se operar precocemente o portador de epilepsia.
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